Golpe Militar em Honduras

Desde o golpe, milhares de pessoas vão às ruas nas principais cidades de Honduras condenando o golpe e exigindo a volta do presidente legítimo Manuel Zelaya. O governo golpista decretou toque de recolher até esta sexta-feira, mas que provavelmente será estendido. Contra as manifestações, desata uma repressão brutal. Centenas de manifestantes foram feridos e presos, além de jornalistas que também foram presos. Pelo menos duas pessoas morreram em consequência da repressão às manifestações. O Exército tem recrutado nos últimos dias jovens e crianças em cidades pequenas de maneira forçada, já que o serviço militar em Honduras é voluntário. Trabalhadores e trabalhadoras de fábricas 'maquiladoras' também são obrigados/as a participar de manifestações pró-golpe.

Internacionalmente, nenhum país reconheceu o governo golpista de Roberto Micheletti. A Organização dos Estados Americanos (OEA) suspendeu o direito de Honduras de participar da Organização até que o presidente legítimo seja restituído. Mesmo com a visita do Secretário Geral da OEA a Honduras no sábado, Roberto Michelleti se recusou a deixar o governo. A Organização das Nações Unidas também se posicionou contra o golpe. Os governos de El Salvador e Nicarágua, vizinhos de Honduras, fecharam suas fronteiras e o comércio bilateral. Hugo Chávez suspendeu a venda de petróleo a Honduras, como forma de pressionar pela volta do presidente legítimo. Manuel Zelaya disse que vai voltar a Honduras neste domingo para exigir o cargo de volta e pediu para que os hondurenhos não parem com as manifestações. Na última quinta-feira, o governo golpista de Roberto Micheletti disse que pode aceitar antecipar as eleições que estavam marcadas para novembro próximo, desde que dentro de limites "legais", o que é difícil de entender se tratando de um governo golpista.


Fonte: Centro de Mídia Independente

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